domingo, 18 de outubro de 2009

João Francisco, o Madame Satã

João Francisco, conhecido como Madame Satã, o maior brigão da Lapa no Rio de Janeiro nasceu no interior do nordeste em 1900, em ambiente tão miserável que foi trocado pela própria mãe por uma égua, quando tinha apenas sete anos. Sob as ordens de um comerciante sem escrúpulos, foi transformado em escravo. Mas uma senhora o trouxe para o Rio de janeiro onde ficou pouco tempo trabalhando numa pensão, a troco de comida e um colchonete para dormir. Passou a frequentar a Lapa, onde fez amigos em meio a operários, prostitutas e malandros e pessoas de influência social que frequentavam a vida boêmia. Na praça Tiradentes, passou a frequentar casas de espetáculos e em 1928 conseguiu se apresentar em um show como transformista. Quando jantava num bar da Lapa, recebeu desaforos de um policial que o reconheceu e o agrediu com um soco no rosto. João Francisco sai e volta em seguida para atirar no guarda, que morre no local. Preso, foi encaminhado para a Ilha Grande. Julgado, foi absolvido dois anos depois. Volta à Lapa, onde passa a trabalhar como segurança em bares. Mas foi somente em 1938 que recebeu o apelido de Madame Satã, depois de vencer um concurso de fantasias num baile de carnaval. Após muitas confusões na Lapa e muita surra em policiais, retorna preso à Ilha Grande, onde seria libertado em 1965. Volta à Lapa, mas já desiludido, retorna livre para o paraíso da Ilha Grande, onde veio a falecer em 1976. Sua trajetória é longa, mas deixou estórias de muitas brigas na Lapa, inclusive com policiais que não conseguiam segurá-lo. Ver em historianovest.blogspot.com

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